Fantástica Cidade Maia De Tikal É Descoberta Com O Uso De Tecnologia Laser Avançada

Recente descoberta de uma megalópole Maia em plena selva foi possível graças a um mapeamento digital de tecnologia avançada feito em toda grande e complexa estrutura embaixo de uma floresta da Guatemala. Pesquisadores conseguiram identificar mais de 60.000 casas, palácios, fortalezas, rodovias que conectam centros urbanos entre outros lugares, sistemas de irrigação, agricultura intensiva responsável por uma transformação expressiva da paisagem. Enfim, uma evidenciação surpreendente e muitíssimo valiosa para a arqueologia e consequentemente algumas das lacunas da história da Guatemala.

Tudo isso só foi possível por uma tecnologia altamente revolucionária denominada LIDAR (“Light Detection And Ranging”), sigla inglesa que significa: alcance e detecção da luz. Em 2013, os cientistas já falavam na possibilidade de utilizar a LIDAR na floresta do Norte da Guatemala. Mas foi só em 2016 que colocaram a ideia em prática. A LIDAR dispara milhões de feixes de laser no solo através de um avião. As ondas, medidas ao bater e voltar do solo produzem uma imagem tridimensionalmente detalhada da topografia.

Foram identificadas 61.480 estruturas antigas e “a maioria delas descobertas agora”, indica ao público Thomas Garrison, arqueólogo do Ithaca College (EUA) e um dos autores do estudo. “A grande maioria das estruturas são plataformas de alvenaria em ruína do quotidiano dos maias, que deveriam viver em casas construídas com mastros e palha [sobre essas plataformas].”
“As imagens do LIDAR deixam claro que toda essa região era um sistema de assentamentos cuja escala e densidade populacional haviam sido subestimadas”, explicou Thomas Garrison, arqueólogo do Ithaca College e Explorador National Geographic, especialista em tecnologia digital para pesquisas arqueológicas.

Até agora, foi possível mapear mais de 2,1 mil quilômetros quadrados de 12 diferentes áreas da Reserva da Biosfera Maia, que fica na cidade de Petén, no norte do país, e concluir que provavelmente o lugar abrigou milhões de maias, muito mais do que sugeriram pesquisas anteriores. Lembrando que a técnica tem sido usada desde 2009 para analisar planícies também de outros povos. Um exemplo são as novas descobertas da cidade de Angamuco, que foi construída por volta do ano 900 pelos purépechas, um povo rival dos astecas, e teria cerca de 40 mil edifícios.

Ao que parece, há importantes evidências sugerindo, inequivocamente, que os maias faziam parte de uma civilização muito avançada, assim como as culturas sofisticadas da Grécia Antiga e da China.Com certeza, isso causará uma grande reviravolta em muito de tudo que se acreditava saber sobre esta civilização.

Cidade Maia a partir do LiDar – Imagem: Wild Blue Media/Channel 4/National Geographic

Além de uma complexa rede de vias elevadas interligando as cidades maias, as imagens sugerem estradas amplas capazes de comportar grande movimento de pessoas e bens de comércio. As muralhas e fortalezas detectadas sugerem que o povo maia investia muito mais na sua defesa do que se supunha. Contudo, e ainda mais curioso, é a descoberta de uma pirâmide de sete níveis, coberta pela vegetação de tal forma que não era possível ser visualizada a olho nu.

Pirâmide recém descoberta coberta pela floresta-Imagem: Wild Blue Media/Channel 4/National Geographic

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável na língua escrita , na arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos. Acredita-se que seu estabelecimento se deu durante o período pré-clássico (1000 a.C. a 250 d.C.). No seu auge, foi uma das mais povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo. Mas o que os cientistas, antes, acreditavam ser 5 milhões de habitantes, agora, com os dados da nova descoberta, dizem não haver como pensar numa população menor que 10 ou 15 milhões de pessoas.

Com o objetivo de mapear pelo menos 14 quilômetros quadrados do território guatemalteco, a pesquisa é apenas a primeira parte de um projeto de 3 anos que pretende alavancar a preservação histórica da Guatemala.

“O LIDAR está revolucionando a arqueologia do mesmo modo que o Telescópio Espacial Hubble revolucionou a astronomia”, disse Francisco Estrada-Belli, arqueólogo da Universidade de Tulane e Explorador National Geographic. “Precisamos de 100 anos para passar por todos os dados e realmente entender o que estamos vendo”.

Pirâmide coberta pela selva – Imagem: Wild Blue Media/Channel 4/National Geographic

Frente a notável descoberta não há como negar uma potencial oportunidade de preencher alguns espaços vazios da história e corrigir outros desencaixados https://rankhaya.com/เลวิตร้า-levitra/. São eventos assim que trazem luz a tempos longínquos tão bem guardados e que se entrelaçam southafrica-ed.com. Esses mesmos eventos que nos proporcionam vislumbrar um passado desconhecido para que possamos compreender melhor as raízes de nossa existência, e quem sabe, organizar melhor o curso do tempo presente a fim de que nosso futuro possa ser infinitamente mais próspero.


Referências:

‘Megalópole’ Maia Em Plena Selva É Descoberta Com Nova Tecnologia A Laser. BBC News-Brasil. Publicação:03/02/2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-42926214

Exclusivo: Megalópole Maia É Revelada Sob Floresta Da Guatemala Por Varredura De Laser. National Geographic Brasil-História.Publicação: 01/02/2018. Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2018/02/exclusivo-megalopole-maia-e-revelada-sob-floresta-da-guatemala-por-varredura-de

TERESA SOFIA SERAFIM. O Que 61 Mil Ruínas Dizem Sobre A Civilização Maia? UOL – Ciência. Publicado em 28/09/2018. Disponível em: http://publico.uol.com.br/ciencia/noticia/na-floresta-do-norte-da-guatemala-foram-identificadas-milhares-de-estruturas-maias-1845480

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