Antigos Egípcios E Indianos Conheciam A Ciência Da Fertilização?

Explorando as Práticas de Fertilização nos Antigos Egípcios e Indianos: Mitos ou Conhecimentos Avançados?

Egito. Templo de Luxor

O Templo de Luxor foi construído por volta de 1322 A.C., iniciando-se com Amenhotep III e estendendo-se até o reinado de Tutankhamon e Horemheb. Ao longo dos anos, foi ampliado por Ramsés II. Cerca de mil anos depois, em 305 A.C., uma câmara foi adicionada em homenagem a Alexandre, o Grande. Originalmente, o templo tinha uma função religiosa, porém, com a chegada do cristianismo, ele foi convertido em uma igreja.

Templo de Luxor; Esperma do Deus Min

Alexandre, o Grande, fez questão de incorporar sua imagem às tradições egípcias. À direita, vemos a representação do deus Amon-Ra, com um falo ereto, enquanto à esquerda está Alexandre, o Grande, Amon (deus criador da vida), especificamente em Luxor, era representado na forma de Min (o deus da fertilidade). A análise da imagem sugere que Alexandre é considerado descendente direto do deus, uma vez que teria surgido a partir do esperma divino (indicado abaixo). É interessante notar que esse desenho, datado de 300 A.C., retrata o espermatozoide com cabeça e cauda, exatamente como conhecemos hoje. Ao afirmar sua descendência de Amon-Ra, Alexandre reivindicou sua legitimidade para governar o reino egípcio.

Ao explorar o interior do templo de Luxor, é possível apreciar uma série de representações em forma de hieróglifos que podem suscitar a sugestão de que os antigos egípcios que as esculpiram possuíam conhecimento sobre a existência dos espermatozoides.

Essa descoberta seria verdadeiramente revolucionária, uma vez que as células espermáticas só foram oficialmente identificadas em 1667 por Anton van Leeuwenhoek, o inventor dos primeiros microscópios com uma certa capacidade de ampliação.

A imagem mais famosa e significativa retratada nos registros egípcios nos mostra o deus Min frequentemente representado com uma ereção, conforme apontado por especialistas egípcios. Essa é uma forma comum de representá-lo na iconografia egípcia.

É notável que nesta parede em particular haja uma representação que sugere a ejaculação saindo do falo do deus. O aspecto mais curioso é que, à primeira vista (para um observador contemporâneo), parece se assemelhar a um espermatozoide. No entanto, é importante mencionar que a maioria dos egiptólogos rejeita essas teorias, argumentando que a suposta ejaculação é, na verdade, um símbolo associado à purificação. Essa interpretação está relacionada à lista de hieróglifos de Gardiner, especificamente o símbolo F17.

Símbolo F17 (Lista de Gardiner) e hieróglifo de Min em Luxor

No entanto, essa interpretação simbólica do símbolo F17, representando uma jarra despejando água sobre um chifre, pode parecer questionável em relação à representação da suposta ejaculação saindo do falo do deus. Além disso, a presença desse símbolo aparecendo invertido de forma inexplicável também adiciona uma inconsistência à explicação.

Templo de Luxor; Esperma do Deus Min

Esse debate é ampliado pela presença de outra representação do deus Min na mesma parede do templo, onde o enigma se torna ainda mais complexo.

Imagem de espermatozoide vista de microscópio eletrônico

Nesta representação, é possível observar como a ejaculação deixa de ser interpretada como um mero chifre e passa a cair verticalmente em um recipiente, sendo coletada para um propósito desconhecido. A razão por trás desse tipo de ritual também não possui uma explicação formalmente estabelecida.

Templo de Luxor; Esperma do Deus Min (detalhe)

As demais representações do deus Min, tanto no templo de Luxor quanto em outros templos egípcios, não apresentam esses elementos peculiares. O significado dessas representações continua sendo motivo de debate até hoje.

Índia

Já nas terras dos brahmas, as representações da fertilização são encontradas no Templo Varamoortheeswarar, em Ariyathurai, Tamil Nadu, na Índia. Acredita-se que este templo tenha cerca de 6.000 anos de acordo com alguns aspectos lendários. No entanto, a estimativa acadêmica atual aponta para aproximadamente 1.000 anos. O rei Kunjara Cholan fez adições a este templo, o que confirma sua existência durante a era Chola, cerca de 1.000 anos atrás. Portanto, as esculturas representando a fertilização foram criadas antes da descoberta do microscópio.

Ilustração geral sobre a fertilização indiana

As duas imagens são bastante interessantes. Na primeira, vemos uma cobra se aproximando da lua. A lua é representada como uma meia-lua sobreposta a uma lua cheia. Essa representação da lua se assemelha a Grahana Chandra, ou seja, a lua eclipsada. Podemos verificar essa analogia com a figura ao lado, que mostra uma cobra se aproximando para comer um sapo. Portanto, a imagem é uma explicação do que ocorre durante um eclipse. De acordo com a crença indiana da época, Rahu e Ketu, na forma de cobras, engoliam a lua durante o “Grahana”. Rahu e Ketu são referidos como “Chaya Grahas”.. Assim, o eclipse lunar acontece devido à “chaya” ou sombra, como também era conhecido pelos astrólogos e astrônomos indianos. No entanto, a história em torno da cobra pode ter se originado a partir de escritos populares de poetas famosos, que frequentemente usavam analogias (upamana em sânscrito) para explicar os fenômenos.

Agora, vamos examinar a segunda foto na colagem acima. À primeira vista, pode-se supor que a imagem também esteja relacionada ao eclipse e possivelmente ao sol. No entanto, uma análise mais detalhada da figura de analogia revela algo completamente diferente. A figura mostra um “peixe” com um broto em sua boca. O peixe parece estar tentando depositar o broto em um objeto que se assemelha a um Kumbh invertido ou um pote. É interessante notar também o tamanho da cobra em relação ao “Sol”. A pequena cobra na parte frontal da figura não possui a mesma nitidez que a outra cobra com a lua/sapo. Além disso, observe que as marcas de dois “s” presentes na parte de trás da cobra na primeira foto estão ausentes na segunda figura. Considerando que essas esculturas são provenientes do mesmo templo e foram elaboradas pelos mesmos artesãos, tais omissões não seriam esperadas, a menos que houvesse a intenção de transmitir algo diferente. Essas diferenças precisam ser observadas e levadas em consideração.

O peixe está relacionado às “estrelas” em algumas obras tâmeis, onde ele simboliza corpos celestes e é interpretado na astrologia/astronomia. É um símbolo que representa as estrelas nadando no oceano celestial. Diversos intérpretes identificaram esse peixe como aplicável tanto para estrelas quanto para planetas. Os símbolos de peixes e potes foram utilizados nos escritos da civilização do Indo, mas o seu significado exato ainda está em discussão.

Os antigos tâmeis tinham o costume de enterrar seus mortos em grandes potes de barro, conhecidos como Kumbh, em posição fetal. Portanto, o pote invertido simboliza o útero celestial, ou seja, a “alma entrando no ventre da mãe céu”. Isso pode ser interpretado como um símbolo de fertilização. Além disso, acredita-se que os antepassados brilhem como “estrelas” no céu e renasçam como seus próprios netos. Essa crença é refletida no fato de que os netos frequentemente recebem o mesmo nome de seus avós, o que pode ser observado em muitos nomes de reis de várias dinastias. Essa tradição remonta a tempos antigos.

A segunda foto claramente retrata a fertilização humana do óvulo. Portanto, a pequena cobra tocando o disco representa a fertilização do óvulo humano.

Esculturas de fertilização no templo Varamurtheeswarar, Ariyathurai, Tamilnadu

Esse tipo de conjunto de imagens, que inclui cobras, lua, sol, peixes, potes, entre outros, é encontrado em muitos templos indianos. O Templo Varamurtheeswarar é apenas um exemplo entre vários. Ao estudarmos essas imagens em diferentes templos, podemos explorar datas ainda mais antigas, o que evidencia a antiguidade desse conhecimento.

O Progresso do embrião humano

O progresso do embrião humano também é representado no Templo Kala Bhairava Natha, em Tamil Nadu. Ao examinarmos essas imagens em vários templos, podemos explorar datas ainda mais antigas, o que confirma a grande antiguidade desse conhecimento.

Uma escultura no Templo Hoysala em Halebeedu retrata claramente um estrangeiro aprendendo RCP (Ressuscitação Cardiopulmonar), um procedimento para reviver o coração de uma criança, ensinado por um médico indiano. Embora a RCP tenha sido inventada no século 20 e ensinada aos estudantes de medicina ocidentais, essa representação esculpida prova que ela já estava em prática na Índia há cerca de 1000 anos. Enquanto alguns desses estrangeiros nem mesmo possuíam conhecimentos básicos de civilização, os indianos já estavam pesquisando sobre a fertilização.

Imagem da técnica RCP templo Hoysala

Os Vedas e as ciências associadas foram compostos na Índia muito antes do surgimento do latim e do inglês. No entanto, é lamentável que alguns tenham a audácia de chamar esse país de “terra dos encantadores de serpentes”. A história foi distorcida e fatos foram suprimidos para escrever volumes de livros, tudo com o intuito de denegrir esse grande país. A verdade é que os invasores apenas atrasaram a Índia e a mantiveram presa em uma era medieval durante o período de seu domínio. Portanto, a contribuição britânica para a modernização da Índia é apenas uma “mentira” espalhada entre os indianos para justificar sua partida tranquila do país. 

Mas como os antigos indianos conheciam essa ciência da fertilização sem um microscópio? Isso é algo para os cientistas de hoje explicarem. Infelizmente ninguém quer financiar tal pesquisa na Índia hoje. Se o fizerem, não é levado a sério.

Um dos antigos Upanishads, conhecido como Garbhopanishad, contém informações precisas e detalhadas sobre embriologia, que apresentam notável semelhança com a embriologia científica moderna, apesar de algumas lacunas em relação aos detalhes ainda desconhecidos pela ciência atual. O Garbhopanishad foi escrito muito antes de 3.000 a.C., pelo menos 1.500 anos antes dos primeiros registros de papiros. Nas escrituras védicas, é claramente mencionado que o sexo do feto depende da semente (aspecto masculino) e não da prakriti (aspecto feminino). Essas informações mostram uma compreensão avançada e precisa da embriologia naquela época.

A pesquisa científica realizada em laboratórios em todo o mundo tem confirmado a veracidade dos conhecimentos contidos nos antigos Upanishads, como o Garbhopanishad, que afirmam que o cromossomo Y/X do pai é responsável pelo sexo da criança. Além disso, o Garbhopanishad fornece informações detalhadas sobre os diferentes estágios de desenvolvimento do feto, que a ciência moderna confirmou no final do século 19, estabelecendo uma correspondência precisa com as descrições presentes nesse Upanishad.

O Garbhopanishad descreve os seguintes estágios do desenvolvimento do feto:

  • Dia 02 – Embrião 
  • Dia 15 – Massa Sólida 
  • Mês 02 – Formação da cabeça 
  • Mês 03 – Crescimento dos pés 
  • Mês 04 – Desenvolvimento da barriga e do quadril 
  • Mês 05 – Desenvolvimento da coluna vertebral 
  • Mês 06 – Formação do nariz e dos olhos 
  • Mês 07 – Desenvolvimento da consciência 
  • Mês 08 – Estágio completo

Essas informações fornecidas pelo Garbhopanishad correspondem de forma notável aos estágios de desenvolvimento do feto reconhecidos pela ciência moderna, validando assim o conhecimento ancestral contido nessas escrituras.Alguns ideólogos rotulam equivocadamente o antigo conhecimento indiano como pseudociência.

Escultura de embrião humano no templo Kala Bhairava Natha, Tamilnadu

Notoriamente eles conheciam a ciência da fertilização

Com base nas informações apresentadas, é notável que tanto a representação de um espermatozoide no Egito antigo quanto a descrição do processo de fertilização na Índia são achados fascinantes e de grande relevância histórica. No entanto, é lamentável que alguns ideólogos rotulem esses conhecimentos como pseudociência, negando a sua importância e veracidade.

É fundamental evitar o ceticismo cego e estar aberto para a possibilidade de que esses antigos povos possuíam um conhecimento profundo sobre fertilização e processos biológicos, mesmo sem o uso dos instrumentos e técnicas científicas contemporâneas. Essas representações artísticas e textuais são testemunhos da rica herança cultural e científica dessas civilizações antigas.

Portanto, é importante explorar e estudar essas descobertas com mente aberta, a fim de obter uma compreensão mais completa de nossas raízes históricas e dos avanços científicos realizados por essas civilizações antigas. Ao fazer isso, podemos contestar o ceticismo infundado e reconhecer a importância desses incríveis enigmas como evidências valiosas do conhecimento ancestral e da genialidade dessas culturas antigas.


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