Zorats Karer, é um sítio arqueológico Pré-Histórico conhecido como Carahunge, Karahunj ou Qarahunj, localizado próximo a cidade de Sisian, na província de Syunik, em um planalto 1700 metros acima do nível do mar, na Armênia, que tem atraído a curiosidade do público em geral e muitos debates.
O nome Carahunge significa “Pedras que falam”, porque no local existem 223 menires dos quais 84 se encontram estranhos buracos, e, quando o vento bate nas pedras de basalto, ruídos são produzidos. Esses grandes megálitos armênios variam de 0,5 a 3 metros de altura, pesam até 10 toneladas e estão dispostos em diferentes direções.
O sítio cobre uma área de 3 hectares e o antigo local é frequentemente chamado de “Stonehenge Armênio”, por causa das semelhanças com o monumento inglês, principalmente pelos possíveis alinhamentos arqueoastronômicos que tornariam as duas áreas verdadeiros calendários antigos.
OBSERVATÓRIO
O primeiro relato de Zorats Karer ocorreu em 1935 pelo etnógrafo Stepan Lisitsian. O pesquisador alegou que o sítio era uma paragem para manter animais. Mais tarde, na década de 1950, Marus Hasratyan descobriu um conjunto de câmaras funerárias dos séculos XI a IX a.C. No entanto, a primeira investigação que atraiu a atenção internacional para o complexo foi a do arqueólogo soviético Onnik Khnkikyan, que afirmou em 1984 que as 223 rochas megalíticas do complexo foram utilizadas para a observação de estrelas na Pré-História. Ele acreditava que os buracos nas pedras, que têm dois centímetros de diâmetro e chegam a vinte polegadas de profundidade, podem ter sido usados como telescópios para observar o céu.
Segundo muitos pesquisadores, Zorats Karer poderia ser um dos mais antigos observatórios astronômicos do mundo. Em 1994, o sítio foi amplamente analisado pelo professor Paris Herouni, membro da Academia Nacional de Ciências da Armênia e presidente do Instituto de Pesquisa em Física de Rádio de Yerevan. Suas expedições revelaram uma grande quantidade de informações fascinantes sobre a área. Eles mediram a longitude, a latitude, desvio magnético e número de pedras do local, inclusive catalogando os megálitos com buracos. Os pesquisadores também criaram um mapa topográfico da monumental construção megalítica, que se tornou base para outros trabalhos. Finalmente, o principal tesouro foi descoberto − uma coleção de muitos objetos astronômicos impressionantes e únicos. Os pesquisadores perceberam que várias pedras foram usadas para fazer observações do sol, da lua e das estrelas. Em 2004 , o local foi oficialmente chamado de Observatório Karahunj (Carahunge) por decreto parlamentar (No. 1095 da Decisão do Governo, 29 de julho de 2004). Houve várias expedições para estudar Zorats Karer por várias décadas. A pesquisa mais extensa foi conduzida por Paris Herouni e Elma Parsamyan do Observatório de Biurakan.
Segundo Herouni, o sítio era ” um templo com um grande observatório…e também uma universidade “, dedicado ao deus sol Ari e foi feito de 7600 a 4500 anos atrás.
APENAS UMA NECRÓPOLE
Arqueólogos da Universidade de Munique, em 2000, identificaram o local como sendo uma necrópole que data principalmente da Idade do Bronze Média até a Idade do Ferro, pois encontraram grandes túmulos de pedra desses períodos na região. Eles descobriram que uma parede de pedras e terra compactada (argila) foi construída em torno da área de rochas verticais, conectada a ela para fortalecê-la.
Segundo o professor Pavel Avetisyan ao site Smithsonian, arqueólogo da Academia Nacional de Ciências da Armênia, não há disputa científica sobre o monumento. “Os especialistas têm uma compreensão clara da área”, diz ele, “e ACREDITAM que é um monumento multi-camadas [multi-uso], que requer escavações e estudos a longo prazo.” Em 2000, ele ajudou a liderar uma equipe de pesquisadores alemães da Universidade de Munique na investigação do site. Em suas descobertas ele também criticou a hipótese do observatório, escrevendo:
Uma investigação exata do lugar produz outros resultados…A visão de que o monumento é um antigo observatório ou que seu nome é Karahundj é charlatanismo elementar e nada mais. Tudo isso ”, diz Avetisyan,“não tem nada a ver com ciência.
A equipe de Avetisyan data o monumento a não mais que 2000 a.C., depois de Stonehenge, e também sugeriu a possibilidade de que o local serviu de refúgio durante os tempos de guerra no período helenístico.
ORIGEM EXTRATERRESTRE
De acordo com Giorgio Tsoukalos, astro da série Alienígenas do Passado e editor da revista Legendary Times, a área tem provavelmente origem extraterrestre. Intercaladas com os monólitos estão pedras menores com entalhes muito bem acabados com representações que se parecem com a forma alienígena tipicamente grey.
Em outro entalhe, é fácil observar a cabeça alongada e bulbosa em conjunto com grande olhos e corpo muito estreito.
Tsoukalos afirma que o local tem importância astronômica ligada aos extraterrestres, porque os buracos perfurados nas pedras foram feitos em ângulos específicos com o intuito de apontar para estrelas especiais no momento em que a formação foi forjada, sobre isso, ele disse ao site Ancient Code:
A única razão pela qual eu faria isso se estivesse em um planeta alienígena é para dar uma mensagem para as gerações futuras — Ei, cutuque, cutuque, é de onde viemos.
Em Setembro de 2010, o astrofísico Mihran Vardanyan, da Universidade de Oxford, liderou uma expedição da Royal Geographical Society chamada “Stars and Stones 2010”, para verificar os alinhamentos arqueoastronômicos e produzir mapas em 3D para o estudo arqueológico do sítio. Vardanyan disse que a área é provavelmente o observatório astronômico mais antigo do mundo. Ele disse que os círculos de pedra são altamente controversos e que existem alguns estudiosos extremamente céticos sobre a importância astronômica de Karahunj:
O significado mais amplamente aceito para Karahunj é que ele seria um antigo cemitério, um lugar para atuar como uma ponte entre a terra e o céu para a alma cíclica, ou seja, viagens relacionadas à vida, morte e renascimento.
OBSCURO
Como podemos perceber, mais um sítio arqueológico importante está fadado a uma disputa meramente argumentativa por causa da falta de investimentos para a realização de escavações no local. Acadêmicos, como o professor Pavel Avetisyan, derramam sobre o público argumentações contra a pessoa e apelos a autoridade para complementar a falta de evidências.
Não há certeza sobre a datação e nem qual a função dessa construção ainda muito obscura para as mentes contemporâneas, contudo é fato que existem humanoides talhados em pedras, alinhamentos arqueoastronômicos e furos nos megálitos que não se conectam com a tese da necrópole.
Referências
SMITHSONIAN: Disponível em: <https://www.smithsonianmag.com/travel/unraveling-mystery-armenian-stonehenge-180964207/>. Acesso em: 02 de julho 2019.
ANCIENT CODE: Disponível em: <https://www.ancient-code.com/ancient-aliens-armenian-stonehenge/>. Acesso em: 02 de julho 2019.
SCIENCES-FAITS-HISTORIES: Disponível em: <http://www.sciences-faits-histoires.com/blog/archeologie/armenie-retour-sur-les-mysteres-prehistoriques.html>. Acesso em: 02 de julho 2019.
ANCIENT ORIGINS: Disponível em: <https://www.ancient-origins https://ed-hrvatski.com/genericka-cialis/.net/ancient-places-asia/armenian-stonehenge-incredible-history-7500-year-old-observatory-zorats-karer-021027>. Acesso em: 02 de julho 2019.
ANCIENT HISTORY: Disponível em: <https://www.ancient.eu/image/7387/zorats-karer-in-armenia/>. Acesso em: 02 de julho 2019.
CARAHUNGE: Disponível em: <http://www.carahunge.com>. Acesso em: 02 de julho 2019.
ANUNNER: Disponível em: <http://www.anunner.com/vachagan.vahradyan/About_the_Astronomical_Role_of__%E2%80%9CQarahunge%E2%80%9D_Monument_by_Vachagan_Vahradyan,_Marine_Vahradyan>. Acesso em: 02 de julho 2019.