Bateria De 1800 Anos É Um Desafio Para A Ciência

Em 1936, trabalhadores descobriram um misterioso vaso pequeno enquanto escavavam as ruínas de uma aldeia de 2000 anos perto de Bagdá. Era um pote de barro amarelo de 6 polegadas de altura de dois milênios que continha um cilindro de folha de cobre de 12,7 cm por 3,81 cm. A borda desse cilindro foi soldada com uma liga de chumbo-estanho comparável com soldas do presente. O fundo do cilindro foi coberto com um disco de cobre embutido e selado com betume ou asfalto. Outra camada isolante de asfalto selou o topo e também manteve no lugar uma barra de ferro suspensa no centro do cilindro de cobre. A haste mostrou evidências de ter sido corroída com um agente ácido.A Bateria de Bagdá, às vezes chamada de Bateria Parta, é o nome comum para vários artefatos criados na Mesopotâmia, possivelmente durante o período Parta ou Sassânida (nos primeiros séculos d.C.), e provavelmente descobertos em 1936 na aldeia de Khuyut Rabbou’a, perto de Bagdá, no Iraque. Esses artefatos ficaram mais conhecidos em 1938, quando Wilhelm König, diretor alemão do Museu Nacional do Iraque, encontrou os objetos na coleção do museu lekarna-slovenija.com/. Em 1940, König publicou um artigo especulando que esses enigmáticos artefatos poderiam ser células galvânicas, talvez usadas para eletrodeposição de ouro e prata. Esta interpretação continua a ser considerada, pelo menos como uma possibilidade hipotética e, se correta, os artefatos seriam anteriores em mais de um milênio a invenção da célula eletroquímica de Alessandro Volta em 1800.

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A antiga bateria no Museu de Bagdá, bem como as outras que foram desenterradas no Iraque, são todas datadas da ocupação parta entre 248 a.C. e 226 d.C. No entanto, Konig também encontrou vasos de cobre revestidos com prata no Museu de Bagdá, descobertos em escavações de áreas sumérias ao sul do Iraque, datando de pelo menos 2500 a.C. Quando os vasos foram levemente batidos, uma pátina ou película azul se separou da superfície, o que é característico da prata galvanizada na base de cobre. Parece então que os partos herdaram suas baterias de uma das primeiras civilizações conhecidas.

Em 1940, Willard FM Gray, engenheiro do General Electric High Volatage Laboratory em Pittsfield, Massachusetts, leu a teoria de König. Usando desenhos e detalhes fornecidos pelo cientista de foguetes alemão Willy Ley, Gray fez uma réplica da bateria. Usando solução de sulfato de cobre, gerou cerca de meio volt de eletricidade.

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Nos anos 70, o egiptólogo alemão Arne Eggebrecht construiu uma réplica da bateria de Bagdá, enchendo-a de suco de uva recém-prensado, como ele especulou que os antigos poderiam ter feito. A réplica gerou 0,87 V. Então, ele usou a corrente da bateria para galvanizar uma estatueta de prata com ouro.

Esta experiência provou que as baterias elétricas foram usadas cerca de 1800 anos antes de sua invenção moderna, parece também que seguramente existiu o uso de baterias similares no Egito antigo, onde vários objetos com traços de metais preciosos galvanizados foram encontrados em locais diferentes. Existem várias descobertas anômalas de outras regiões, o que sugere o uso de eletricidade em uma escala maior.

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A ausência de rastro de eletrólito e o baixo potencial elétrico são questões ainda obscuras, contudo conectadas em série, um conjunto de baterias poderia, teoricamente, produzir uma voltagem muito mais alta, embora nenhum fio tenha sido encontrado para provar que esse era o caso.

É uma pena não termos encontrado nenhum fio. Isso significa que a nossa interpretação sobre eles pode estar completamente errada…Elas são únicas. Até onde sabemos, ninguém mais encontrou nada parecido com isso. São coisas estranhas; são um dos enigmas da vida.”, disse Dr. Paul Craddock a BBC, um especialista em metalurgia do antigo Oriente Próximo do Museu Britânico.

Fato é que os artefatos geravam eletricidade, mesmo que nenhum fio tenha sido encontrado para conectar as baterias.


Referências

WORLD MYSTERIES: Disponível em: <https://www.world-mysteries.com/strange-artifacts/out-of-place-artifacts/the-baghdad-battery/>. Acesso em: 26 de junho 2019.

BBC: Disponível em: <http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/2804257.stm>. Acesso em: 26 de junho 2019.

WIKIPEDIA: Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Baghdad_Battery>. Acesso em: 26 de junho 2019.

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