Osirion: Mistérios do Templo de Osíris no Egito

O Osirion está localizado em Abidos, que já foi capital do Egito dinástico, aos fundos do Templo de Seti I. Foi descoberto pelos arqueólogos Flinders Petrie e Margaret Murray, que estavam escavando o sítio no início do século XX, nos anos 1902 -1903. O Osirion foi construído originalmente em um nível consideravelmente mais baixo que as fundações do templo de Seti I, que reinou de 1.294 a 1.279 a.c.

Osirion, o Templo de Osíris.

É um dos templos mais misteriosos do Egito e um dos mais antigos. Muitos pesquisadores acreditam que se trata de um templo pré-dinástico. Famoso pelo símbolo da “Flor da Vida” (Geometria Sagrada) e pelas gigantescas colunas de granito rosa.

O templo de Seti I foi construído muito depois do Osirion. O templo de Osíris é muito mais antigo. O alinhamento entre os dois templos torna provável que Seti estivesse ciente da presença do Osirion quando começou a construir seu templo.

Templo de Seti I visto na imagem, muito maior (em formato de L), e o Osirion de tamanho bastante menor e mais antigo

O nível da água dentro do templo está ligado ao lençol freático. Muitas partes do Osirion ainda estão submersas a 12 metros abaixo do nível do deserto. Inclusive a parte inferior do Osirion é proibida para visitação pública, boa parte do templo é inundada pelo lençol freático que está relacionado aos períodos de cheias do rio Nilo. Dentro do templo há corredores incríveis, não se sabe ainda a real função dessa estrutura, pois nada tem haver com túmulo.

Quando Seti I começou a procurar um local para seu templo, ele foi levado a um local ao norte de Luxor (antiga Tebas), na curva do rio Nilo. Chegando lá, ele começou a construir a fundação do seu templo. Mas o que ele descobriu foi o Osirion, ou o antigo Templo de Osíris. Se ele realmente sabia que o Osirion estava lá, talvez nunca saberemos. O Templo de Seti I é o único no Egito que faz uma curva em ‘L’, apresentando uma arquitetura diferenciada.

O Osirion foi construído com imensas colunas e linteis de granito rosa, provavelmente extraídos em Aswan à mais de 330km de distância (como eles transportaram isso?), pesando de 60 a 100 toneladas, e segue um estilo muito diferente do templo de Seti. Existe um debate entre os egiptólogos sobre se o Osirion seria contemporâneo ao templo de Seti ou uma estrutura do Império Antigo, provavelmente datada a cerca de 2.500 a.c. Mas,conforme será mostrado logo mais, o Osirion é muito mais antigo.

As imensas colunas de granito rosa do Osirion.

A ‘flor da vida’ é uma simbologia presente no templo de Osíris, provavelmente ela foi gravada muitos séculos depois da construção do templo, talvez no período grego, mas ninguém sabe exatamente como ela foi feita, ela está situada abaixo de uma coluna, gravada num cantinho. Os desenhos da flor da vida estão quase apagados. Atualmente, acredita-se que os símbolos da flor da vida foram inscritos na pedra com tinta ocre vermelha, sendo datada do primeiro século d.c.

Considera-se o exemplar mais antigo da Flor da Vida, o que foi encontrado nos Palácios do rei Assírio Assurbanípal, e que hoje consta do acervo do Museu do Louvre, em Paris. Para além desses dois lugares antigos, a representação existe também na arte fenícia do século IX a.c., nas artes milenares do Japão, da Turquia, da índia, bem como em países distintos como: Peru, Hungria, Austrália, México, entre outros.

A Flor da Vida, denominada desde muito tempo como geometria sagrada é composta por sete círculos simétricos, sendo um no centro e seis em torno deste. E dentro de suas configurações encontram-se diversas representações religiosas, esotéricas, cabalistas, etc. São estruturas conhecidas como: a Semente da vida, o Ovo da vida, o Fruto da vida e a Árvore da vida. Cabalistas do século XIII, na França realizaram uma interpretação geométrica do símbolo e conseguiram organizar o alfabeto hebraico em determinada ordem, usando o desenho.

Seu conjunto de estruturas fez com que Leonardo Da Vinci, em pleno período da Renascença, século XV, realizasse vários estudos matemáticos que resultou em muitas de suas representações, entre elas o famoso ‘Homem Vitruviano’.

A Flor da Vida no Osirion.

Muitos documentos sobre o Osirion não são liberados pelo Egito, pois qualquer liberação referente a esta historia irá alterar a nossa ‘história oficial’, aquela que é manipulada, que não é a verdadeira. O Templo de Seti que foi construído muito depois de Osirion, nada tem haver com ele. O Osirion se assemelha a um ‘Stonehenge’ de forma mais organizada, bem construído, com incríveis blocos de granito encaixados com precisão.  Osrion está praticamente enterrado no deserto, está abaixo do nível do solo. E uma boa parte das informações sobre esse lugar ainda se encontra no subsolo, só conseguimos ver e ter acesso ao que sobrou na superfície. Outro estranheza nesse templo é que ele não possui hieróglifos; ninguém sabe a função desse templo, o porque dele ser construído e nem quem o construiu, pois não foi o faraó Seti I e nem outro faraó. A estrutura do templo é bastante pesada, com pedras lisas, precisas e super bem alinhadas. Os arqueólogos convencionais como sempre argumentam que o Osirion era apenas outra parte do templo de Seti, mas de acordo com a arqueóloga Margareth Murray, uma das descobridoras desse local, isso não corresponde à verdade.

Osirion (parte superior do templo).

Uma hipótese é de que o Osirion seria a tumba de um faraó, mas nenhum corpo ou múmia foi encontrado nesse templo, além de que esse local não obedece à arquitetura tradicional egípcia. As pedras megalíticas de granito estão encaixadas com perfeição, o que seria possível somente com a utilização de um guindaste. Esses blocos de pedras no Osirion foram  encaixadas sem cimento algum, ou argamassa,  e nenhuma folha de papel passa entre esses blocos.

Uma construção provavelmente anterior ao dilúvio, o grande cataclismo. Por esse motivo o templo foi enterrado. Segundo geólogos a camada de terra acima do Osirion, na parte superior do templo, foi datada de uma idade mínima de 18 mil anos, o que contraria toda a história tradicional do Egito. Provavelmente foi construído para adoração ao deus egípcio Osíris, deus do submundo, da morte e do renascimento. Osíris está correlacionado à deidade Enki do panteão de deuses sumérios.

O ALFA E O ÔMEGA

Descobertas recentes pela Expedição de Egiptologia do pesquisador Robert Grant encontraram novos símbolos no templo: o “Alfa (A) e o Ômega Ω” no templo de Osirion, simbologias muito antigas, provavelmente remanescentes de uma humanidade anterior.

O “A” refere-se ao touro Ápis e o Ômega ( Ω ) à deusa Hathor, deusa dos céus e do Sol, do amor, da maternidade e da beleza, e “Ísis”, deusa da fertilidade, ambos os símbolos proeminentes no panteão egípcio e na mitologia.

A letra ‘A’ (Alef) em fenício e hebraico significa literalmente “touro/boi” e também refere-se à Osíris, que era conhecido como o “grande touro do ocidente”. Osíris que foi morto por Seti e cortado em ‘14 partes. Os símbolos Alfa e Ômega são muito antigos em todo o Egito. Essas simbologias já foram encontradas também dentro do Serapeum em Saqqara. É provável que esses símbolos sejam anteriores à língua grega e podem ter sido símbolos ‘emprestados’ remanescentes de uma língua e/ou remanescentes de uma humanidade anterior.

Simbologias descobertas no Osirion: o Alfa e o Ômega.

Podemos concluir que o Osirion é uma das estruturas mais antigas e menos compreendidas do Egito. As partes mais importantes desse templo estão há 12 metros abaixo do nível do deserto. O nome ‘Osirion’ foi um nome dado a esse templo na época da descoberta, mas não se sabe de fato o verdadeiro nome desse lugar.

Essas novas descobertas irão nos levar a um entendimento de todas as coisas, vamos reescrever nossa história com discernimento e bastante consciência. Começamos a perceber que todas estas ciências estão interligadas, unidas, a matemática, a arqueologia, a astronomia…com o objetivo de uma maior compreensão do Todo.


Instagram da autora da matéria, Érika Telles: @arqueologiacomerika

Referências

• Instagram: @geometriasagrada
• Geometria Sagrada , do Nigel Pennick
• Wikipédia.org
• Aurora Egípcia, de Robert Temple

2 comentários em “Osirion: Mistérios do Templo de Osíris no Egito”

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