O “Stonehenge Espanhol” foi descoberto em 1926 na cidade Peraleda de la Mata pelo arqueólogo alemão Hugo Obermaier, e nomeado como o dólmen de Guadalperal. A construção é um monumento megalítico do tipo cromeleque ou conjunto de menires.
Em 1963, a área foi inundada para a construção de um reservatório que fazia parte do projeto de desenvolvimento rural elaborado pelo governo espanhol, então as pedras ficaram submersa. Devido a forte seca que assola a Espanha em 2022, a surpreendente estrutura de aproximadamente 5 mil anos reapareceu.
“É uma surpresa, uma rara oportunidade para poder acessá-lo”, disse o arqueólogo Enrique Cedillo, da Universidade Complutense de Madri, um dos especialistas que correm para estudar o círculo antes que ele submerja novamente.
Matérias publicadas em diversos sites de notícias internacionais como CNN e Reuters propagaram que os monumentos megalíticos estão espalhados por toda a Europa Ocidental, entretanto, não mencionaram que é possível encontrar tais construções em diversas partes da Terra, inclusive no Brasil.
BRASIL
No Brasil, temos o “Parque Arqueológico do Solstício”, em Calçoene, AP, o famoso “Stonehenge Brasileiro”. No Amapá existem vários cromeleques, inclusive, descobri um desses monumento em 2022.
Em Santa Catarina, o antropólogo Adnir Ramos e o pesquisador Keller Lucas já documentaram dezenas de sítios megalíticos.
ARMÊNIA
Zorats Karer, é um sítio arqueológico Pré-Histórico conhecido como Carahunge, Karahunj ou Qarahunj, localizado próximo a cidade de Sisian, na província de Syunik, em um planalto 1700 metros acima do nível do mar.
O nome Carahunge significa “Pedras que falam”, porque no local existem 223 menires dos quais 84 se encontram estranhos buracos, e, quando o vento bate nas pedras de basalto, ruídos são produzidos.
CONTROVÉRSIAS SOBRE MONUMENTOS MEGALÍTICOS
Os monumentos megalíticos são grandes pedras dispostas de forma engenhosa. De acordo com especialistas, muitas dessas edificações, que também são chamadas de cromeleques ou conjunto de menires, são pré-históricas e datam do período Neolítico, da Idade do Cobre e do Bronze. Segundo esses estudiosos, o objetivo das construções seria religioso e funerário.
Logo de cara, ao analisarmos as teses mais aceitas, já é possível vislumbrar um problema que somente pode ser solucionado com toda comunidade acadêmica admitindo que as culturas antigas estavam interligadas através dos oceanos.
A controvérsia a se enfrentar é que as construções megalíticas estão por todo planeta Terra, portanto, ao menos que se conclua que construir grandes edificações de pedra fazem parte da genética da nossa espécie como a edificação de cupinzeiros pelos insetos, não será possível outra conclusão além dos contatos transoceânicos.
Outra discussão importante que devemos enfrentar acerca dos sítios megalíticos é sobre as datações desses monumentos. Ainda não é possível datar a pedra, em qual momento ela foi colocada na edificação, então se faz uma datação por analogia. Vestígios orgânicos coletados nas escavações dos cromeleques são datados através do método Carbono 14 e se conclui que os construtores são aqueles que deixaram os vestígios no subsolo. Contudo, essa forma é altamente subjetiva, dependendo do íntimo, ideologias e experiências de cada pesquisador, já que em todos esses sítios foram localizados artefatos em vários estratos (camadas) do subsolo.
Nesse sentido, a Agência Reuters publicou, “…pouco se sabe sobre quem os ergueu. Restos humanos encontrados próximos aos sítios levaram a uma teoria frequentemente citada de que são túmulos“.
Referências
olhardigital.com.br/2022/08/18/ciencia-e-espaco/stonehenge-e-encontrado-no-fundo-de-um-rio-na-espanha-confira/
reuters.com/world/europe/spanish-stonehenge-emerges-drought-hit-dam-2022-08-18/
edition.cnn.com/travel/article/spanish-stonehenge-drought/index.html
Revista Enigmas Edição 10
