Achado único abre caminho para estudos científicos e naturais da icônica estátua da cultura Rapa Nui.
Uma nova estátua Moai foi encontrada na Ilha de Páscoa, um território chileno no Oceano Pacífico, conhecido por suas icônicas estátuas monolíticas esculpidas em pedra. A estátua foi descoberta no leito de uma laguna seca dentro da cratera do vulcão Rano Raraku, uma área conhecida por abrigar várias outras Moai. O achado foi anunciado pela comunidade indígena Ma’u Henua, que administra o local.
A descoberta foi feita em fevereiro por uma equipe de voluntários científicos de três universidades chilenas que colaboram em um projeto para restaurar a zona úmida na cratera do vulcão. A Moai tem cerca de 1,60 metros de altura e está deitada de lado, olhando para o céu. A estátua está “com características reconhecíveis, mas ainda sem uma definição clara”, segundo o comunicado da Ma’u Henua.
O que torna essa descoberta única é que esta é a primeira vez que uma Moai foi encontrada dentro de uma laguna em uma cratera de Rano Raraku. A laguna em questão começou a secar em 2018, e há pelo menos 200 ou 300 anos, tinha três metros de profundidade, o que significa que nenhum ser humano poderia ter deixado a Moai lá durante esse tempo.
Moais são figuras monolíticas distintas esculpidas em pedra com rostos alongados e sem pernas, a maioria extraída de tuff, um tipo de cinza vulcânica, no vulcão Rano Raraku. A estátua recém-descoberta tem grande potencial para estudos científicos e naturais, e a comunidade indígena está buscando financiamento para realizar um estudo mais aprofundado sobre a descoberta.
Embora não haja planos para remover a Moai do local onde foi encontrada, a comunidade Rapa Nui terá a palavra final sobre o que fazer com a estátua. A ilha de Páscoa foi habitada por povos polinésios antes de ser anexada pelo Chile em 1888. O vulcão Rano Raraku e os moais são Patrimônio Mundial da UNESCO.
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Referências
AFP
phy.org