No final do mês de Agosto de 2018, utilizando o aplicativo da Google Earth, iniciei um dificultoso trabalho de “sobrevoar” a África do Sul, na esperança de encontrar alguma evidência ou ruínas que comprovassem a existência da cidade de Abzu, citado no Livro Perdido de Enki, escrito por Zecharia Sitchin, como lugar de mineração de ouro, utilizado por civilizações antigas.
Não imaginava o quão difícil seria a análise de tais imagens, uma penosa busca por qualquer evidência, escondida debaixo das areias do deserto, em meio a infinitas cadeias de montanhas do continente africano.
Já estava cansado e quase desistindo da procura quando me deparei com algo que meus olhos não podiam acreditar, algo realmente extraordinário!
Observei, na tela de meu celular, diversas e misteriosas marcações em forma de espirais bem como linhas paralelas que percorriam dezenas de quilômetros, cortando região desértica da África do Sul.
Imediatamente, não pude deixar de fazer uma correlação entre tais marcações com as linhas de Nazca, no Peru.
Inicialmente, contei cerca de 50 espirais, entretanto, após análise mais atenta, pude observar que, na região, há centenas delas espalhadas, de diversos tamanhos, o que torna ainda mais intrigante o mistério.
No dia seguinte, na expectativa de ter descoberto algo, até então, desconhecido, entrei em contato com o professor André de Pierre que, assim como eu, demonstrou espanto e entusiasmo. Contudo, após suas pesquisas, Pierre percebeu que tais estruturas, na verdade, já foram descobertas no ano de 2013, havendo, porém, pouquíssima fonte de estudo e divulgação a respeito.
Na oportunidade, André de Pierre repassou-me um link do Youtube que aborda o assunto de forma ainda superficial. Tal link está descrito no final do texto.
Como se sabe, os geoglifos são formados por meio de montes de terras, pedras ou madeiras, originando formatos geométricos que podem variar entre figuras humanas, animais, círculos, quadrados, cruzes, espirais, linhas paralelas e perpendiculares, enfim, uma grande variedade de formas e tamanhos que, geralmente, somente podem ser identificados, em sua plenitude, quando vistos do espaço aéreo.
Alguns historiadores imputam a criação de geoglifos a tribos nômades que viveram nesta região desértica, entretanto permanece a dúvida do porquê nômades ficariam tanto tempo em uma região – onde quase não há fonte de águas ou alimentos – apenas para construir símbolos que mal podem ser identificados do solo, além do que, jamais foi identificado o propósito de tais construções.
Na tentativa de se explicarem tais marcações, geólogos, escritores, historiadores, arqueólogos e ufólogos divergem entre si. Alguns alegam que tais obras referem-se a constelações e calendários, outros sugerem que seriam demarcação de terras, outros alegam serem locais de cerimônias sagradas ou estariam relacionadas à água e agricultura. Já os adeptos da Teoria dos Antigos Astronautas levantam a interessante hipótese de serem os geoglifos pontos de referências e geolocalização para naves interplanetárias, já que são melhores vistas em grande altitude.
Seja como for, o mistério continua. O certo é que já foram identificados centenas de geoglifos espalhados por todo o planeta, o que lança dúvidas se haveria algum tipo de comunicação entre povos primitivos habitantes da Terra há milhares de anos, separados por milhares de quilômetros, oceanos e continentes, valendo lembrar que, muitas destas marcações possuem o mesmo padrão geológico e semelhantes técnicas de construção.
Enfim, os geoglifos da África do Sul são mais uma peça nesse imenso quebra-cabeças que, aos poucos, está sendo desvendado libido-de.com. Talvez um dia estaremos aptos a entender a grandiosidade, a função e finalidade de tais obras, mas, por enquanto, seguiremos nessa busca incansável de evidências espalhadas pelo planeta.
As fotografias aéreas extraídas do aplicativo Google Earth ajudam muito a identificar os geoglifos da África do Sul, bem como suas diversas espirais e as perfeitas linhas paralelas.
Para aqueles que quiserem conferir, seguem as coordenadas dos geoglifos: 30°00’22″S 21°06’07″E.
Referência
https://www.smithsonianmag.com/videos/category/science/what-created-these-strange-geoglyphs-in-sout/
Sensacional! Informação de ponta.
demais