A astronomia é uma das ciências mais antigas do mundo. Tanto que, culturas muito antigas deixaram-nos vários registros de artefatos astronômicos, como Stonehenge, os montes de Newgrange e os Menires. Sabemos que as primeiras civilizações, como os babilônios, gregos, chineses, indianos, iranianos e maias costumavam observar e analisar o céu noturno. Historicamente, a astronomia incluiu diferentes disciplinas como astrometria, navegação astronômica, astronomia observacional e a elaboração de calendários. A Bíblia contém um bom exemplo de registros astronômicos, pois nela encontram-se várias afirmações sobre a posição da Terra no universo e sobre a natureza das estrelas e dos planetas.
Pesquisadores das Universidades de Edimburgo e Kent, após descobertas recentes, sugeriram que antigas pinturas rupestres que datam de 40.000 anos atrás, na verdade, podem ser calendários astronômicos que monitoraram os equinócios e acompanharam os seus principais eventos. Vale lembrar que há algum tempo atrás, acreditava-se que a compreensão de fenômenos astronômicos complexos não era anterior aos antigos gregos σύνδεσμος στην ιστοσελίδα.
A equipe de pesquisadores foi composta por Martin B. Sweatman (professor associado da Escola de Engenharia da Universidade de Edimburgo) e Alistair Coombs – pesquisador e candidato a PhD no Departamento de Estudos Religiosos da Universidade de Kent, num estudo denominado “ Decodificando a Arte Paleolítica Europeia: Conhecimento Extremamente Antigo da Precessão dos Equinócios ”, que analisou detalhes da arte paleolítica e neolítica através de símbolos de animais, nas regiões da Turquia, Espanha, França e Alemanha, e descobriram algo muito interessante: as pinturas rupestres não são, apenas, simples representações de animais selvagens , são também ilustrações de constelações estelares do céu noturno. Podem ter sido usadas para representar datas e monitorar eventos astronômicos como aproximações de cometas. Isso nos leva a indagar – como poderia o homem pré-histórico possuir habilidades de controle do tempo, inclusive como ferramenta de precessão dos equinócios? O fenômeno se refere a um dos vários movimentos que a Terra realiza, e acontece graças ao movimento de rotação da Terra de forma inclinada, fazendo com que a cada 25 770 anos, ela complete uma volta em torno do eixo de sua elíptica, sendo assim, capaz de antecipar os equinócios.
Segundo o Dr. Martin Sweatman, professor da Escola de Engenharia da Universidade de Edimburgo: “A arte rupestre inicial mostra que as pessoas tinham avançado conhecimento do céu noturno na última era glacial. Intelectualmente, eles dificilmente eram diferentes de nós hoje. Essas descobertas apoiam uma teoria de múltiplos impactos ao longo do desenvolvimento humano e provavelmente revolucionarão o modo como as populações pré-históricas são vistas”.
Sweatman inclui em sua análise esclarecimentos de resultados anteriores das esculturas de pedra em Gobekli Tepe . Localizado na Turquia moderna, este sitio é datado de cerca de 10.950 a.C, o que faz dele o local mais antigo conhecido no mundo. Um estudo anterior conduzido por Sweatman e Dimitrios Tsikritsis, Dr. em Filosofia na Universidade de Edimburgo, evidencia o lugar como sendo um memorial de devastadores ataques de cometas, por volta de 11.000 a.C.
Durante análise e examinando os pictogramas de animais nos muitos pilares do local (usando o programa planetarium S tellarium 0.15), os pesquisadores concluíram que as imagens tinham semelhanças com as constelações que seriam visíveis em 10.950 a.C. E numa simulação, usando o Stellarium 0.18, a equipe conseguiu comparar a arte em relação as posições das estrelas dos tempos antigos de vários locais, e a partir de então, conseguiram decodificar a Cena do Eixo de Lascaux , que faz parte de uma série de pinturas rupestres localizadas nas cavernas de Lascaux, no sudoeste da França.
O estudo das pinturas mostrando um homem morrendo e vários animais, parece sugerir um registro astronômico de outro ataque de cometa ocorrido por volta de 15.200 a.C. E não menos interessante, também foi possível observar que a escultura mais antiga do mundo, a caverna Lion-Man of Hohlenstein-Stadel, no sul da Alemanha, datada de 38.000 a.C, parece estar de acordo com esse antigo sistema de manutenção do tempo, fazendo dela a evidência mais antiga da astronomia pré-histórica.
Em Catalhöyük, um antigo assentamento na Turquia moderna que data aproximadamente 7500 a.C a 5700 a.C, existem salas santuários escavadas, nela é possível encontrar esculturas de animais como (cabeças de auroque, cabeças de carneiro, um símbolo do urso e o leão atacando/leopardo) bem semelhantes aos relevos encontrados em Gobekli Tepe. Esses registros parecem representar as constelações de Capricórnio, Áries, Ursa e Câncer.
Finalmente, independente de todas interpretações e suas sustentações, a questão põe em alerta a fantástica possibilidade de que há quarenta mil anos atrás, nossos ancestrais tenham acompanhado e monitorado o tempo, com base em posições das estrelares, e muito além disso, que tenham tido um conhecimento avançado sobre astronomia, e que este conhecimento inimaginável para a época tenha sido passado de gerações em gerações, alcançando várias partes do planeta. Óbvio que, se comprovada a teoria embasada nestes estudos, toda a compreensão da migração pré-histórica até hoje, inevitavelmente, haverá de ser reconstruída, pois o impacto de tamanha descoberta, com certeza será uma avalanche de novas possibilidades.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Astronomia
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:G%C3%B6bekli_Tepe,_Urfa.jpg
olá muito obrigado pelas dicas do seu site eu pude compreender como funciona melhor agora kkk
obrigado e um abraço .