Em nossa ciência moderna – nascida em meados do século XVI com Copérnico[1] – foi convencionado que a Terra se formou há aproximadamente 4,5 bilhões de anos atrás. Atualmente essa data foi estimada tendo por meio de mensuração a datação radiométrica de meteoritos[2]. Neste método, a idade é calculada com base na quantidade de substâncias radioativas em um objeto e do decaimento radioativo do mesmo. É importante salientar que esse método não pode ser utilizado em rochas da própria da Terra, devido as rochas estarem em constante transformação. O que dificultaria a medição de suas idades[3].
Há quem diga, no entanto, que o cálculo da idade da Terra pode ser obtido com medições nas rochas mais antigas do próprio planeta, como por exemplo, Marta Maria Sílvia Mantovani, do Instituto Astronômico e Geofísico da USP[4].
Em 1955, o geofísico Clair Patterson, publicou um estudo onde relatava quantidades de chumbo encontradas no meteorito de Canyon Diablo, que fica no Arizona, EUA. Desse modo, ao comparar a proporção de chumbo encontrada com outras rochas, Patterson concluiu que a Terra tem 4,55 bilhões de anos, com uma margem de erro de 70 milhões de anos.
Ainda que não existam informações na História, de que um objeto celeste ou pedaços de rochas tenham caído do céu naquela região, acredita-se que os meteoritos de ferro que foram encontrados por lá sejam pedaços de um grande meteorito que criou a “Cratera de Meteoro”, no Arizona, EUA[5].
No entanto, não está muito clara como foi a aquisição do material desse meteorito. Algumas décadas antes, um engenheiro de mineração da Filadélfia, EUA, Daniel Morgan Barringer (1860-1929) perdeu centenas de milhares de dólares tentando achar ferro meteorítico na cratera de Barringer, o que segundo ele, “o tornaria ainda mais rico”.
Barringer foi um dos primeiros a supor que as crateras tenham se originado do impacto de um meteorito. O que a maioria dos cientistas da época discordavam, sendo consenso que as crateras ao redor do mundo teriam sido criadas lentamente em milhares de anos [6] . A pergunta que fica é: será que essa “descoberta” foi comprada?
A ideia de que a Terra foi formada por material meteórico é muito recente, tendo surgido apenas no século XIX e sendo desenvolvida em 1969 por Victor Safronov[7].
Ainda nesse modelo, especula-se que o centro da Terra seja formado por magma. E que o nosso planeta, portanto, tenha levado milhões de anos até ser resfriado. Embora que, até a presente data desta publicação, o mais profundo que o homem conseguiu perfurar a crosta terrestre foram 12 km, conhecido como poço de Kola, na Rússia. O contundente é que o que se encontrou a essa profundidade foi – água – algo inédito na época[8].
A TERRA DE MILHARES DE ANOS
Em 1977, vinte e dois anos após o geofísico Clair Patterson datar a Terra em 4,5 bilhões de anos, foi publicado o trabalho do físico nuclear Robert V. Gentry que concluiu que a Terra não teria milhões de anos e muito menos bilhões de anos, mas sim, vários milhares de anos[9]. E não apenas isso, em suas pesquisas, ele propôs – assim como as culturas antigas – que muito recentemente a Terra sofrera um dilúvio de proporção mundial. E que esse colapso hidrotérmico, possivelmente, foi essencial para a criação das reservas mundiais de carvão e petróleo.
Contrariando a ideia vigente de que rochas sedimentares como o carvão levariam milhões de anos para serem formadas, Gentry demonstrou ser possível formar o carvão, sob determinadas circunstâncias, em um período muito curto de tempo, em termos geológicos[10]. E que o carvão não poderia ter se formado, simplesmente, pela sobreposição de sedimentos ao longo de milhões de anos, sendo isso um fator crítico, e que causaria o esfacelamento do próprio carvão https://rankhaya.com/เลวิตร้า-levitra/.
Além disso, ao analisar madeiras de árvores carbonizadas naturalmente da região do Planalto do Colorado, EUA, foi constatado elevadas quantidades relativas a Chumbo-Urânio, o que sugere não só que o carvão se formou muito rapidamente, como também, que os troncos de árvores carbonizadas de uma das maiores reservas de carvão dos EUA foram enterradas ao mesmo tempo e que as idades geológicas bem como a idade da Terra se limitava a – milhares – de anos[11].
Uma evidência viva de como o carvão não leva milhões de anos para ser formado, pode ser vista na bacia do rio Powder, em Montana, EUA. Uma reserva gigantesca de carvão extremamente pura e livre de outros materiais, como por exemplo, o barro. O carvão nessa bacia tem imensas faixas, algumas com mais de 65 metros de espessura, centenas de quilômetros de comprimento e 80 quilômetros de largura. McClurg, um geólogo que estudou a intrigante bacia por mais de uma década, considera esse local um enigma científico. Isso porque a gênese de qualquer tipo de carvão requer uma sequência precisa de eventos. McClurg acrescenta: “Como é que as coisas permaneceram constantes para que se tenha 65 metros de carvão?”[12].
Gentry conseguiu “fabricar” carvão com madeira e vapor sob pressão farmbrazil.com.br/. Nature, 28 de março de 1985, pág 316.
MAS…E AS DATAÇÕES RADIOMÉTRICAS? SÃO CONFIÁVEIS?
Em 2016, geólogos e arqueólogos indianos corrigiram a datação da cultura do vale do Indo, de 5500 anos para 8000 anos de idade[13] [14]. Um erro de cálculo considerável de pelo menos 30%. Essa é uma das evidências de que esses métodos de datação não são uma verdade absoluta. Ou seja, é necessário que se conheça as limitações dos métodos de datação e suas respectivas margens de erro. E que as datas de radiocarbono, como todas as medidas de radioatividade, são enunciados de probabilidade[15]. Portanto, as datas obtidas por rádio medição deveriam ser ajustadas em torno de 25% a 30% de suas medições primárias[16]
A esse respeito, Gentry argumenta que a obtenção de datas radiométricas nunca foi uma prática científica. Informações científicas, deveriam surgir de experiências em laboratório. Portanto, o estabelecimento de medições radiométricas é apenas um cálculo aritmético. E que se a constante estabelecida, realmente não for uma constante, mas uma variável, as medidas de radiomedição não passam de ficção radiométrica[17].
CONCLUSÃO
As duas teorias são bastante convincentes. Mas fica perceptível que a ciência, em determinados assuntos, não é tão imparcial como alguns defendem. A ciência é totalmente dependente das ideologias e motivações dos cientistas.
Com efeito, a mídia mainstream e a grande maioria dos livros escolares escolheu a primeira teoria. Ademais, a teoria de Gentry foi totalmente silenciada, não sendo nem mesmo citada nos livros escolares.
O perigo é agravado quando a ciência é utilizada como pano de fundo para justificar ideologias ou crenças e para imputar as outras pessoas questões que vão além da própria ciência. Cabe ao amigo leitor e a todos nós, meros comedores de arroz e feijão, escolher a ciência que mais o agrade e que atenda as expectativas de cada um.
REFERÊNCIAS
[1] TIPHANE, A histórida da terra, Kindle posição 53
[2] https://brasilescola.uol.com.br/geografia/qual-idade-terra.htm
[3] Ibdem.
[4] https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-se-calculou-a-idade-da-terra/
[5] https://hypescience.com/como-sabemos-a-idade-da-terra/
[6] https://www.misteriosdoespaco.blog.br/para-onde-vao-os-meteoritos-que-fazem-as-crateras-de-impacto/
[7] https://www.teachastronomy.com/textbook/How-Planetary-Systems-Form/Safronov-and-Planet-Formation/
[8] https://www.google.com/amp/s/hypescience.com/o-que-esta-no-fundo-buraco-mais-profundo-da-terra/amp/
[9] “Mystery of the Radiohalos.” Research Communications NETWORK , Breakthrough Report, February 10, 1977.
[10] Science, October 15, 1976.
[11] Geotimes, September, 1978.
[12] Earth Magazine, May, 1993.
[13] https://br.sputniknews.com/cultura/201606054930337-civilizacao-mais-antiga-do-mundo/
[14] https://www.nature.com/articles/srep26555
[15] BRADLEY, R.S. 1985 Quaternary paleoclimatology. Methods of paleoclimatic reconstruction. Boston, Unwin Hyman. 472 p.
[16] Ibdem.
[17] Gentry, R.V, Creation´s Tiny Mystery, pág 32