As Pirâmides De Órion

Por que as três grandes pirâmides de Gizé, Egito, estão alinhadas com Órion?

Procurai o que faz o sete-estrêlo e o Órion” Amós 5:8

Órion é o nome de uma constelação de estrelas visíveis a olho nu aparentemente a mesma distância uma da outra. Ela recebeu esse nome em homenagem a um caçador e gigante da mitologia grega. Esse “cinturão” estelar – que no Brasil chamamos popularmente de “Três Marias” – é visível em quase todas as regiões habitadas da Terra. Desse modo, era muito utilizada, por exemplo, pelos marinheiros em navegação astronômica.

Esses luminares também eram muito bem conhecidos pelos povos antigos. Havendo, portanto, uma relação entre essas estrelas e as culturas antigas. Os sumérios a chamavam de Sibzianna [1], os hititas de Aqhat, os mesopotâmios de Uru-anna (luz dos céus), e os egípcios a tratavam como se fosse uma manifestação de Osíris.

As três grandes pirâmides de Gizé, no Egito – aparentemente – não foram construídas aleatoriamente, pois, estão localizadas no lendário paralelo 33° Norte, o mesmo do Triângulo das Bermudas e que era também a localização onde habitava a antiga civilização suméria. E, é claro, em harmonia com as três estrelas de Órion.

A TEORIA

Esses reis são Órion-Osíris, essas pirâmides deles são Órion-Osíris, essas construções deles são Órion-Osíris”. (Utterance 600)

Segundo Robert Bauval, um engenheiro civil nascido no Egito, intrigado ao observar as diversas complicações envolvidas nas construções das pirâmides, em sua tese intitulada “The Orion Mystery”, elas seriam a representação da constelação de Órion na Terra[2].

A teoria corrobora com a ideia clássica dos escritos gregos e egípcios, onde o Rio Nilo seria a representação da Via Láctea na Terra. Ele argumenta que as três grandes pirâmides foram concebidas como um projeto unificado. Onde aquele conglomerado representaria as ideologias dos egípcios e do passado dos homens.

Todas as pirâmides juntas formam a Necrópole ou terra dos mortos; mais precisamente, o Duat, o ‘lugar onde Osíris-Sahu é’. E que jamais se tratavam de túmulos de faraós, tendo em vista que nenhum sarcófago ou múmia fora achado nas pirâmides. Não só o layout das pirâmides combina com tamanha precisão com as estrelas, como também a intensidade das estrelas, correspondendo ao grupo de Gizé: havia três estrelas, três pirâmides, três reis de Osíris-Órion. Onde suas almas astrais se juntam, após a morte a Osíris-Órion no celestial Duat.

AS EVIDÊNCIAS REAIS DA TEORIA

Em 22 de Março de 1993, os meios de comunicação internacionais [3] noticiaram que Rudolf Gantenbrink, um desconhecido engenheiro alemão, tinha feito a descoberta arqueológica mais significativa da década.

Empregado pelo Instituto Arqueológico Alemão no Cairo para encontrar uma maneira de melhorar a ventilação na Grande Pirâmide, Gantenbrink tinha enviado um pequeno robô de controle remoto, o UPUAUT 2, até o eixo sul da Câmara da Rainha. Parando depois de cerca de sessenta e cinco metros, o robô enviou de volta imagens de vídeo do que parecia ser uma pequena porta, na verdade, uma câmara. Isso significa que tudo o que os antigos egípcios poderiam ter colocado nela, permaneceu inalterado por pelo menos 4400 anos. E se os construtores da pirâmide tiveram muito trabalho para escondê-lo, deve ter sido muito importante; mais importante talvez do que a múmia de um faraó morto. Isso sugere que foi algo que eles consideravam como central para sua religião e talvez conectado com a sua motivação para construir as pirâmides.

Para surpresa dos pesquisadores, essas câmaras não eram para ventilação e estavam vazias. E mais, elas apontam para o Cinturão de Órion, associado ao deus Osíris, e o eixo equivalente da outra câmara aponta em direção a Sirius, a estrela da deusa Ísis.

E esses alinhamentos não foram acidentais, mas claramente ligados ao propósito da pirâmide.

O verdadeiro sentido do ângulo das câmaras foi confirmado pelo robô UPUAUT 2 e a descoberta surpreendente foi relatada na primeira página do Independent em Londres [4].

Bauval foi mais além, através de cálculos matemáticos ele retrocedeu a construção das pirâmides a data de 10500 a.C.

A DATAÇÃO DAS PIRÂMIDES

Os egípcios contam em seus textos que o “deus da sabedoria” Thoth, tinha construído as pirâmides de Gizé durante a Idade do Ouro, quando os deuses viviam na terra; a ideia foi posteriormente transmitida aos gregos, que por sua vez, também disseram que Hermes, o nome que eles deram a Thoth, construiu as pirâmides [5].

Robert Bauval observou também, pelo fato de que houve várias mudanças com respeito a datação das pirâmides, que a ciência da cronologia egípcia não está clara. Que está longe de ser perfeita, e que, em muitos casos, essa cronologia depende mais de interesses pessoais e subjetividade [6], questionando como os egiptólogos tão cedo foram capazes de datar a construção das pirâmides.

Costuma-se atribuir a descoberta do movimento de precessão axial a Hiparco de Alexandria (180 a.C – 125 d.C), e a Euclides, nascido muito tempo depois no século III a.C, como sendo o pai da geometria. Mas muitos estudiosos, Zaba, Sellers e Schwaller de Lubicz [7], por exemplo, argumentaram que os antigos egípcios já sabiam disso muito antes dos gregos e, provavelmente, antes da Era da Pirâmide. Aliás, os próprios gregos atribuem seu conhecimento astronômico aos sacerdotes egípcios.

Assim, se os antigos egípcios sabiam, que de fato, as estrelas mudam lentamente e que isso era facilmente mensurável no trânsito dos meridianos, a conclusão é inevitável: o arquiteto que projetou a Câmara Sul da Grande Pirâmide e o direcionou, intencionalmente, a Zeta Orionis, sabia que a estrela mudaria de posição e se fixaria em um ponto determinado (2450 a.C). Parece razoável concluir que o arquiteto também sabia a taxa de mudança da precessão axial. E de posse desse conhecimento, eles marcaram uma espécie de “relógio” estelar com uma data de início em 10450 a.C. Ou seja, eles marcaram um início de precessão axial inicial. Provavelmente as pirâmides querem chamar atenção para Osíris em 10450 a.C.

Curiosamente, dois pesquisadores em estudos de pirâmide, W.R. Fix e Mark Lehner, foram ousados o suficiente quando disseram que o evento “Atlantis” no Egito provavelmente se deu em 10400 a.C. Sendo que nenhum destes autores se utilizou de astronomia para chegar a esta conclusão, mas sim, dados textuais e arqueológicos.

A RELIGIÃO DAS ESTRELAS

As evidências mostram que os antigos egípcios viam a área de Memphite Necrópole como a imagem terrestre da Via Láctea, onde o rio celestial era análogo ao Rio Nilo.

Hórus, filho de Osíris e Ísis, seria uma pessoa histórica que se tornou o primeiro homem-deus a governar o Egito como faraó. E que haviam partido para o mundo astral se tornando estrelas.

Os egípcios antigos correlacionaram o Nilo com o “rio celestial”, ou seja, a Via Láctea. Isso é confirmado pelos gregos. Desde a época de Homero, o Nilo era associado com o rio céu mítico chamado Okeanos ou Eridanus, da qual a raça dos deuses nasceu. Onde nos textos das pirâmides há dados astronômicos com relação a essas estrelas.

Os egípcios acreditavam que o sistema de ordem cósmica havia se transferido para a terra do Egito há muito tempo atrás pelos deuses. E que foram governados por essa raça superior antes de serem confiados à linha mortal, porém divina, dos faraós. E, portanto, os faraós seriam o link com esses deuses.

Fato é, que a religião dominante dos construtores da pirâmide era uma estrela. O faraó morto era identificado como Osíris, que por sua vez, é a constelação de Órion, morada das almas após os reis se tornarem estrelas.

E isso é confirmado nos textos encontrados nas pirâmides, não em apenas uma, mas em várias pirâmides. Portanto, faz sentido supor que os egípcios tinham uma liturgia geral para todos os reis que partiam.

E que o falecido Osíris-Órion se tornara uma estrela na constelação de Órion.

CONCLUSÃO

É evidente que as três grandes pirâmides estão perfeitamente alinhadas com o Cinturão de Órion. O que não significa que todas as pirâmides estejam alinhadas com todas as estrelas. E é possível perceber que as três estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, de Órion, assumem um lugar de destaque em todas as culturas antigas.

Do exposto acima, é possível concluir que as pirâmides de Gizé não foram construídas pelos egípcios, mas por uma raça de seres mais evoluídos que a humanidade atual. Fica claro também, que elas foram construídas muito antes, aproximadamente em 10450 a.C. E que a liturgia egípcia estava essencialmente ligada ao Cinturão de Órion, onde uma dessas estrelas seria, literalmente, para os egípcios, Osíris. Além disso, os egípcios tinham, desde aquela época, uma espécie de “relógio” estelar.

Contudo, a teoria de Bauval, que se dedicou por mais de uma década estudando as pirâmides — e mesmo com todas as evidências — foi fortemente rejeitada pela academia científica — simplesmente — por eles alegarem que nem todas as pirâmides estavam alinhadas com as outras estrelas. O qu,e na minha opinião, não seria nem mesmo um argumento válido. Não se sabe exatamente porque a resistência, mesmo com várias evidências, a teorias como a de Robert Bauval. Talvez, o que esteja em jogo seja manter o status quo, vaidades pessoais e falta de profissionalismo.

A academia científica tentou “refutar” teorias mais coerentes como as de Robert Bauval com falácias lógicas. Ou seja, não tem argumentos para rebater os estudos de pessoas sérias e comprometidas que estão tão somente em busca da verdade.

O homem é deus caído que se lembra dos céus”.
(Lamartine, Meditações)


Notas

1 Marshall Cavendish – God,Godesses, And Mythology, Vol-8, pág 1056

2 Peter James, O Grande Livro Dos Mistérios Antigos, pág 150

3 A história da descoberta foi noticiada em muitos jornais incluindo, Daily Telegraph (07/4/1993), the Independent ( 16/04/1993) The Times (17/04/1993), Los Angeles Times (17/04/1993), Chicago Sun-Times (23/04/1993), Le Monde (17/04/1993), Le Figaro (17.4.1993), France-Soir ( 1 7.4. 1 993), the Daily Mail (17/04/1993),Today (17/04/1993), Der Spiegel (19/4/1993), Stem (08/07/1993), Bild, Blick (16/4/1993), Bild am Sonntag (18/4/1993), Hannoverjsche Allgemeine (17/04/1993), Neue Presse (17/04/1993), Hamburger Abendblatt (17/04/1993), Die Welt; El Pais Le Matin (17/04/1993) além de outros jornais locais. A BBC e o Channel 4 anunciaram a reportagem em 16 de Abril del 1993, e também em diversas TVs ao redor do mundo.

4 Independent, 17/4/1993, Londres,16/04/1993; Daily Mail

5 Tompkins, op von dieser seite. cit., pp. 218, 284

6 Bauval, Robert. The Orion Mystery, pág 57

7 Schwaller de Lubicz, op. cit., pp. 1 75-8

 

3 comentários em “As Pirâmides De Órion”

  1. simplesmente fascinante. No entanto,como declarado neste artigo fabuloso, todo o mistério e a construção das três pirâmides está ligado à religião egípcia,a qual está ligada as estrelas.
    Visto que tudo está ligada a religião egípcia, Como bom estudante das sagradas escrituras dos hebreus, posso dizer, baseado nelas, que toda a crença egípcia, baseada em ÍSIS, OSÍRIS E HORUS é uma crença pagã e fútil: é falsa.
    Qualquer estudioso de astronomia pode, tendo o poder político, religioso e financeiro,mandar construir monumentos como estes,ou maiores ou menores, e dizer tudo isso que os egípcios inventaram.
    O culto baseado nas estrelas é totalmente condenado pelas Santas escrituras hebraicas como falsa.

  2. Como alguém pode classificar uma religião como fútil e falsa? Certamente essa classificação vem de um pensamento judaico-cristão ignorável.
    Falsa é a palavra humana disfarçada de divina, que com o mesmo poder político, religioso e financeiro que construiu as pirâmides, providenciou a criação das escrituras para defender a centralização de um poder nas mãos de algumas pessoas.
    Os Egípcios delegavam o poder à natureza e o representava associando às Estrelas, uma vez que já eram conhecedores de que somente as Estrelas são nossa única certeza… Elas fazem parte da criação, da vontade do criador, não mentem, não mandam matar em nome de Deus, não dissimulam… Inclusive é o Sol, nossa Estrela mais próxima, que permite a vida na terra, a despeito de um deus que assistiu ao holocausto sem se manifestar. Repito: falso é o que nitidamente pode ser contestado, é aquilo que privilegia grupos fechados… o que não é o caso das Estrelas. Elas são nossa única certeza!

  3. Realmente, classificar “como fútil e falsa” é algo que vai além do desconhecimento, da ignorância. É prepotência ideológica, disfarçada de “religião”. Aplausos para o excelente conteúdo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima